sábado, 31 de março de 2012

Sozinha

Sozinha, sozinha... sozinha, significante que, paradoxalmente, tem me feito companhia nos últimos dias. Não que o cotidiano seja solitário, nada disso. A realidade é psíquica e é de lá que ecoa “sozinha, sozinha... sozinha”. Soz-inha. Meu pai costumava chamar minha mãe de Inha. Não chama mais. Meu irmão costumava chamar-me CinInha. Não chama mais. Costumava me fazer companhia. Não faz mais. Há 29 anos ele me deixou e só agora ensaio deixa-lo. Deixa-lo, como dizem os cristãos, descansar em paz, pra tentar caminhar sozinha, sozinha... sozinha.